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Cigarro eletrônico atrai jovens que têm sido acometidos por doenças pulmonares. (Divulgação)

No Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, países de todo o mundo reforçam a importância do combate ao fumo e alertam para os riscos do tabagismo à saúde. Em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde oferece o Programa de Controle do Tabagismo, um serviço gratuito para quem deseja abandonar o vício. 2r4y6i

Apenas nos quatro primeiros meses de 2025, mais de 500 pessoas buscaram ajuda no programa. Os resultados comprovam sua eficácia: segundo dados do Vigitel (Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2006, 18,4% dos curitibanos fumavam. Já em 2023, esse índice caiu para 13,7% – uma redução de 4,7%, equivalente a cerca de 86 mil pessoas que deixaram o cigarro nesse período.

Os participantes do programa relatam que políticas públicas contra o tabagismo são muito importantes para ajudar a superar o hábito e colocam as próprias experiências como exemplos disto. Nereu Juvenal da Silva Segundo, educador de 44 anos, relata que há um ano parou com o cigarro com a ajuda do programa, após ter fumado por quase 30 anos.

“O apoio de grupos como esse é fundamental, pois as pessoas precisam de ajuda e, às vezes não sabem como buscar. No meu processo eu me espelhei no exemplo e na coragem dos colegas. Isso ajudou muito.”

Como funciona 6v1n3v

O programa da Secretaria Municipal de Saúde conta com 41 grupos de Controle e Cessação do Tabagismo ativos nos dez distritos sanitários da cidade e é embasado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) – órgão do Ministério da Saúde, que dá as diretrizes aplicadas localmente. Os participantes recebem um acompanhamento multidisciplinar, que envolve terapias cognitivo-comportamental e medicamentosa.

Esse processo envolve diversos profissionais como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, pois como o hábito do fumo influi em todos os aspectos da vida da pessoa, a terapia também deve ter essa abrangência.

Uma vez integrada ao programa, ela participa de reuniões semanais, onde pode compartilhar vivências e é incentivada a reduzir o uso do fumo até estipular, com a ajuda da equipe multidisciplinar, o dia em que deixará o cigarro, o chamado “dia D”.

Então, recebe goma de mascar com nicotina e adesivos com a mesma substância para o corpo ir se acostumando com a retirada gradual do produto químico viciante. Nesse processo, a pessoa continua participando das reuniões para receber o apoio do grupo. Essa participação pode se prolongar pelo tempo que for necessário.

Os interessados podem solicitar o primeiro contato diretamente na sua Unidade de Saúde de referência ou pela Central Saúde Já Curitiba – 3350-9000, que atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, inclusive feriados; e aos sábados e domingos, quando opera das 8h às 20h.

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