Créditos: Kainan Lucas
Créditos: Kainan Lucas

Amigas e amigos, estreio essa coluna no Bem Paraná com muito orgulho e satisfação. Por aqui conversaremos muito sobre o futebol paranaense e brasileiro, com uma visão muito além das quatro linhas. E claro, muito conteúdo e a divulgação de nossas transmissões dos jogos do Trio de Ferro, pelo Canal do Carrica. Quero antes de mais nada, agradecer publicamente o grande mestre Silvio Rauth, o amigo Rodolfo Kowalski, a talentosa chefe de redação Josiane Ritz, e a todos da família Bem Paraná pelo espaço. Espero que seja uma parceria longa e de muito sucesso!

Com mais de oito anos de convivência direta com o futebol pelas cabines de rádio do estado, me sinto ainda um ‘’pequeno gafanhoto’’ perto da belíssima carreira de outros colegas de profissão. Mas apesar do pouco tempo, tem sido uma grande aventura. Aventura essa, que começou antes mesmo da minha estreia como narrador esportivo nos idos de 2015, na Web-Rádio Trio de Ferro, do amigo Ayrton Cordeiro Filho, mas brincando de futebol de botão no chão dos estúdios da Rádio Educativa, antes mesmo da rádio se instalar no Canal da Música.

Foram vários sábados indo à tira colo acompanhando minha vó Noemi Osna, em seu trabalho marcante na Educativa como produtora de alguns dos melhores programas musicais da história do rádio curitibano, como os eternos ‘’Grandes Maestros’’ e ‘’Choro Vivo’’. O trabalho de Noemi e seu amor ao rádio e a comunicação, foram uma verdadeira faculdade de jornalismo para mim desde o berço. Ainda lembro como se fosse literalmente ontem, quando o pequeno Carrica de seis anos de idade, narrava com afinco suas partidas de botão a plenos pulmões na casa da vó Noemi, para as vezes (ou nem tanto), o incomodo da bisavó dona Margarita Wasserman, cronista e escritora, que nos deixou em 2021, ”que pedia para baixar o volume da transmissão”. De um lado o rádio com minha avó, do outro, o futebol com meu avô Pedro Aleixo, não tinha como eu ficar muito longe do pé.

Tive também a sorte de ter convivido com grandes lendas do rádio ainda pequeno, como Sérgio Silva e Silvio de Tarso, que de certa forma, também ajudaram a colocar esse verdadeiro vício pelo futebol e pelo rádio esportivo, no meu coração.

Tudo no fim, saiu como deveria ser, das partidas de botão, às cabines de transmissão. Das aventuras da criança de 6 anos, ao adulto de 31, foram algumas agens por veículos de rádio e TV em Curitiba, um filho que amo muito, muitos amigos, e uma carreira na qual sou grato a Deus, por ter me propiciado estar vivendo esse sonho de garoto.

Vamos tocando em frente, citando Almir Sater, conhecendo as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.      

Gabriel Carriconde é jornalista, e narrador esportivo