Como fazer um bom ?

Quando buscamos formas de se fazer um efetivo e de resultados, um dos conselhos mais usuais é que devemos fazer os “elogios em público e as críticas em particular”. Quanto às críticas: SIM! Elas sempre devem ser feitas de forma reservada. Expor publicamente uma pessoa que tenha feito algo errado é altamente constrangedor, gera sentimentos de humilhação e pode até criar traumas futuros, fazendo com que a pessoa em questão se retraia cada vez que vivenciar alguma situação parecida.

Devemos, inclusive, ter discrição ao chamar essa pessoa para a conversa reservada. Obviamente, dizer a alguém algo como “Fulano, dirija-se à minha sala, pois precisamos conversar” já deixará o sujeito exposto e fará com que todos em volta percebam que ele receberá um “sabão”!

Renato, gestor em uma indústria em que ministrei um treinamento, conta quase perdeu um grande talento de sua equipe porque não teve controle emocional e deixou que o sangue fervesse ao presenciar um liderado seu cometendo um erro: imediatamente chamou a atenção do colega, e de maneira alterada. O trabalhador, então, também se alterou e, num rompante, atirou longe seu crachá e pediu demissão – também na frente de toda a equipe. Algumas pessoas em volta entraram em ação para acalmar os dois, até que aquele que havia sido criticado decidiu ir embora pra “deixar a cabeça esfriar”.

No dia seguinte, voltou à empresa, mais calmo, e pediu desculpas ao seu líder, mas manteve o pedido de demissão. Renato, por sua vez, também reconheceu seu erro e itiu que ele é que não deveria ter sido intempestivo e criticado o liderado na frente do restante da equipe. Disse o quanto o colega era importante para a empresa e pediu que ele reconsiderasse a ideia de deixar o trabalho. Tudo se resolveu, mas certamente o clima entre os dois – e também com os outros do time – não voltou a ser como antes.

Elogios

Mas… e quanto aos elogios? Será que devemos mesmo enaltecer as pessoas em público? Nem sempre isso será positivo, por vários motivos. Por exemplo: uma pessoa tímida pode se sentir constrangida, colegas de equipe podem se sentir menosprezados, a situação pode demonstrar favorecimento…

Foi o que aconteceu com a equipe de vendas de uma indústria de pequeno porte de Curitiba. A gerente comercial, querendo motivar a equipe, promoveu um clima de competição desmedida e, sem perceber, elogiava quase sempre a mesma pessoa. Em vez de motivar a equipe a se espelhar na vendedora campeã, fez com que todos se sentissem desmotivados, porque eles se sentiam diminuídos perante a colega que era constantemente alvo de elogios. “Não importa o que a gente faça, só ela é reconhecida”, disse um dos vendedores. O clima ficou tão pesado, que várias pessoas optaram por sair da empresa.

Porém, em algumas situações, o elogio público pode servir de incentivo ao próprio elogiado e também ao restante da equipe. É o caso de premiações, promoções e homenagens feitas com transparência e a partir da igualdade de oportunidades. Nesses casos, a comunicação deve ser clara para que todos entendam o elogio como inspiração para a melhora de toda a equipe.

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