
As férias escolares e as festas de fim de ano estão batendo à porta e se você tem um pet e não pode levá-lo junto nas viagens, existem boas opções para garantir o bem-estar do seu fiel amigo. Além de pedir ajuda a familiares ou amigos, você pode contar com hoteis pet-friendly ou com profissionais especializados: os pet sitters, que cuidam do seu pet, permitindo que você desfrute do descanso com tranquilidade.
O trabalho de um pet sitter consiste em higienizar e organizar os espaços, abastecer os potes de ração e de água, e fazer companhia para os pets, quando for requisitado.
O serviço é cobrado pela distância percorrida pelo profissional, mas a média de uma diária é de R$50.

A jornalista Vivian Lemos encontrou na pet sitter Carla Alessandra Claudino, a Cacau, a solução ideal para cuidar de seus gatos, Bowie e Cora, durante suas viagens. ‘É uma ótima profissional e amiga’, afirma Vivian, que tem confiança e tranquilidade em deixar seus pets sob os cuidados de Cacau.
Pet sitter por paixão – A publicitária e atuante na proteção animal Cacau transformou carinho e cuidado em trabalho. No ano de 2010, ela decidiu trocar o intenso ritmo do mercado publicitário por um período sabático. “Eu sempre quis trabalhar com animais, mas não como médica veterinária. Aí comecei a fazer eios com pets de amigos, depois hospedagem e fui por esse caminho. Se tornou negócio e até recebi propostas para voltar para a publicidade, mas não consegui”, relembra. “Eu faço relatórios, fotos, vídeos. É um trabalho muito sério, mas muito bom, gratificante. Quando eu trabalhava em agências, eu estava o tempo todo ansiosa, dormia com a cabeça sempre acelerada, era um dia a dia maluco. Hoje eu durmo apenas cansada”.


Quase novata – Outra profissional, Ana Luzia Pinho Siccuro, a Nana, já cuida de pets de familiares há mais de dez anos, mas pet sitter na prática mesmo, só se tornou recentemente.
Criada perto de muitos cachorros e outra entusiasta da proteção animal, Nana se diz “100% movida à proteção animal”. E ela coleciona boas e surpreendentes histórias com os pets. Uma delas aconteceu quando fazia lar temporário para uma ninhada de gatos. “Foi com minha Labradora Panti, que havia sido abandonada por uma família e eu a acolhi. Com o ar dos dias, os gatinhos foram sendo adotados, mas um deles ficou. E adivinha? A Panti se encantou por ele e ele por ela. Resultado: Ela produziu leite e amamentou o filhotinho até os nove meses de vida. O amor entre eles perdurou até a partida da minha querida Panti”.

Movimento de fim de ano – Essa época do ano é a de maior movimento para as profissionais e cada serviço prestado tem uma característica. “Não tenho um tempo determinado para ficar com o pet. Sempre vai depender de como ele está. Se está mais carente sentindo falta do tutor, então busco permanecer mais tempo com ele. Não me preocupo em cumprir horário ou metas. É um trabalho que envolve muito amor e dedicação”, pontua Nana.
Os locais de trabalho como pet sitter variam de acordo com o gosto do tutor. A maioria dos pets, Nana atende na casa dos clientes.
“Muitos preferem dessa forma, porque o pet se sente mais seguro em seu próprio ambiente”.
Com cacau,o atendimento é variado, já que o volume de clientes é maior. “Fim de ano, preciso de ajuda, porque a demanda é muito alta”, conta. “Os pets são sinceros nos sentimentos e é maravilhoso fazer esse trabalho. Exige paciência, mas muito amor. Vale muito a pena”.

Mães de pet – “Mãe” de nove gatos, três cachorros e dois peixes, a pet sitter Nana não faz distinção entre os bichinhos que vão ser cuidados por ela. “Cuido de cães, gatos, peixes e pássaros”.
Cacau, que tem cinco gatos e dois cachorros, chega a ter uma “clientela” , digamos, bem exótica. Por exemplo, já cuidou de uma tartaruga e de uma sapo-fêmea, ambas africanas. “Tenho muitas situações inusitadas. Por exemplo, às vezes os clientes chegam antes do horário e me veem conversando e dançando com os bichos, porque eu trato os animais dos outros como meus”,revela.
Relação de confiança – Mais do que um trabalho, as pet sitters encaram as funções como um ato de amor. “É uma relação de confiança, porque muitos clientes entregam as chaves da casa pra mim. Tenho ex-clientes que moram fora do Brasil e que ainda mantenho contato para saber notícias dos meus ex-clientinhos de quatro patas. Outros, que estão comigo há 15 anos. Tem pets que precisam de remédios e, às vezes, preciso ir duas, três vezes por dia para repetir as doses. Exige muito comprometimento e responsavldiade”, acrescenta.